Bom dia pessoal, quero me desculpar, pois ando muito afastada do facebook e do blog. Muita correira, mas agradeço a Deus pelos trabalhos hehe. Mas vamos trabalhar então, li essa matéria, achei um máximo e resolvi trazer para vocês. Memória metabólica, você já ouviu falar sobre ela? Sabe o que é? Bem vamos descobrir porque existem aquelas pessoas falsas magras, os efeitos sanfonas e muito mais...
Acredito que todos vocês já encontram o famoso “magro de ruim”. E possivelmente também já conheceram alguém que vive no “efeito sanfona”, ou seja, consegue emagrecer, mas recupera o peso perdido mais rápido do que foi a perda. Ou ainda, talvez vocês conheçam alguém com um ótimo físico, mas que não mantenha uma dieta e uma rotina de exercícios tão restrita.
As três situações são facilmente explicadas
por um termo que podemos chamar de “memória metabólica”. Primeiro, devemos
organizar nossa idéia temporal. Isso parece óbvio, mas demora para muitas
pessoas entenderem e até mesmo, aceitarem.
Seu corpo está acostumado com a forma física
em que ele passou a maior parte da vida. Se você foi obeso por 30 anos e
adquiriu um físico atlético em 1 ano, você ainda terá um metabolismo de obeso
por um bom tempo, mesmo tendo a aparência de um atleta. Ou seja, qualquer
descuido nesse período de manutenção, acarretará em um rápido acúmulo de
gordura corporal. O resultado deve ser consolidado! Nessa situação, o organismo
reduz sua taxa de metabolismo basal, diminuindo o gasto energético, pois ele
entende como uma agressão essa redução na taxa de gordura corporal, que ele
estava acostumado a manter. Nunca podemos esquecer que nosso organismo prefere
“acumular” gordura e “perder” músculos. Afinal, enquanto a gordura é uma
reserva energética, os músculos representam um ônus energético! Isso é
explicado pelo nosso processo evolutivo de milhões de anos vivendo em condições
naturais, nas quais nossos antepassados passavam longos períodos sem se
alimentar. Os que sobreviveram (nossos ancestrais), foram aqueles que possuíam
maior capacidade de reservar energia (na forma de gordura).
Caso oposto é o indivíduo magro, que se
dedica ao extremo para ganhar massa muscular. Qualquer “deslize” na alimentação
ou nos treinos, promoverá perda do peso tão dificilmente conquistado. Nessa
situação, o organismo faz o contrário: aumenta o gasto energético basal,
visando evitar o ganho de peso, tornando tão difícil o sucesso nessa situação,
quanto na reversão de um quadro de obesidade.
A verdade é uma só: se você passou 95% da
sua vida se alimentando mal e sem atividade física, você terá de reverter esse
processo com muita paciência. Seis meses com um estilo de vida saudável não
serão suficientes para modificar seu metabolismo se você tiver se alimentado
mal por 20, 30 ou 40 anos da sua vida. Tenha calma! Tudo funciona por processo,
não por mágica!
Já uma pessoa que apresentou uma quantidade
de gordura corporal controlada ao longo da vida, por meio de um bom controle
alimentar e de exercícios, terá maiores facilidades tanto na obtenção, quanto
na manutenção dos resultados obtidos.
Portanto, com mais essa discussão, podemos
por para dormir no sono eterno essa idéia de que duas pessoas com mesma idade,
mesmo peso, mesma atividade física, apresentará o mesmo gasto energético
diário. Se ainda duvida, acompanhe simultaneamente uma pessoa que foi obesa a
maior parte da vida e outra que sempre foi magra. Mesmo com a mesma idade,
atividades físicas diárias e peso corporal, os trabalhos deverão ser totalmente
diferentes, mesmo que o objetivo final seja o mesmo = adquirir um físico com
pouca gordura corporal e um bom desenvolvimento muscular.
A boa notícia é que a memória metabólica é
totalmente mutável. Após alguns anos de controle alimentar e de exercícios, a
tendência é o trabalho ficar cada vez mais fácil e os resultados obtidos, mais
consistentes e difíceis de serem perdidos. Portanto, use a memória metabólica a
seu favor!
Mas o metabolismo não reduz
com a idade?
Depende! De uma pessoa sedentária
provavelmente, mas quando se existe um adequado controle alimentar e de
exercícios, eu iria mais além do que essa simples definição. Uma experiência
longitudinal interessante que acompanhei, foi um praticante de musculação que
iniciou a atividade apenas aos 45 anos de idade. No início, foi difícil
conseguirmos reduzir seus níveis de gordura corporal, sendo possível apenas com
a introdução de mais atividade aeróbica e uma dieta restritiva.
Fui observando que ano após ano, seu
metabolismo “acelerava”, sendo possível aumentar o fornecimento de carboidratos
e calorias na dieta, sem isso resultar em ganho de gordura corporal. Hoje, aos
54 anos, sua dieta possui níveis elevados de carboidratos e calorias, e mesmo
assim, ele consegue manter seu físico com baixos níveis de gordura corporal sem
se exaurir com atividades aeróbicas mais intensas ou prolongadas.
Portanto, o profissional
deve considerar cada indivíduo! Deve estudar e entender o metabolismo de cada
um! Não existem fórmulas exatas para se estimar o valor calórico! E é isso que
torna o trabalho do nutricionista tão minucioso e fundamental!
Texto de Rodolfo Peres
Texto de Rodolfo Peres
Procure um nutricionista! Tenham todos uma ótima quinta! Beijão!
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