A alimentação
interfere na fertilidade, visto que, o excesso de alguns nutrientes leva ao
excesso de peso e a algum descontrole hormonal. O aumento súbito da insulina,
ou sua queda, altera as globulinas, que são proteínas que se ligam aos
hormônios sexuais. Essa alteração brusca leva a um desequilíbrio dos hormônios
sexuais, principalmente ao excesso de androgênios (hormônios sexuais
masculinos) que levam a um bloqueio da ovulação.
Devemos
levar em consideração a relação entre a infertilidade e o peso. Mulheres muito
magras e as que estão muito acima do peso têm maior dificuldade para
engravidar. O maior volume de tecido adiposo aumenta a conversão do estrogênio
em androgênio, que limita a ovulação. Mulheres gordinhas param de ovular. Por
isso é de extrema importância manter o peso ideal para que a mulher volte a ter
ciclos normais.
É fundamental manter uma dieta
balanceada, rica em fibras como frutas e verduras, aumento no consumo de
alimentos ricos em ômega-3. Evitar a ingestão de alimentos com alto índice
glicêmico (arroz e pão refinado, batata, etc.), diminuir o consumo de carne vermelha
e gordura trans.
Alguns alimentos que contribuem
para o aumento da fertilidade
Vitamina A
A deficiência dessa vitamina pode
levar a degeneração e queda do número de espermatozóides.
Fontes alimentares: cenoura,
batata-doce, ervilhas, couve-flor, espinafre, óleo de fígado de bacalhau e
mamão, entre outros.
Vitamina C
Contribuem na mobilidade e
concentração de espermatozóides no sêmen (esperma).
Fontes alimentares: laranja,
limão, abacaxi, morango e kiwi.
Vitamina B6
Essa vitamina é uma grande aliada
para as mulheres que pretendem engravidar. Sua deficiência pode causar
desequilíbrio hormonal, síndrome pré-menstrual, acne pré-menstrual e depressão.
Fontes alimentares: É
encontrada no açúcar mascavo (melaço), vegetais de folhas verdes, carnes,
vísceras, gérmen de trigo, grãos integrais, fígado bovino; arroz integral e
ovos, entre outros.
Vitamina E
Pode melhorar a motilidade dos
espermatozóides. Também pode ser indicada para prevenir o aborto, desenvolvendo
uma parede do útero mais forte e uma placenta mais saudável.
Fontes alimentares: gérmen de
trigo, grãos integrais, noz crua, sucos de frutas e vegetais.
Ácido fólico
Favorece a qualidade dos óvulos.
Fontes alimentares: folhas
verdes escuras como: couve, espinafre, rúcula.
Zinco
Possui papel importantíssimo na
formação e no aumento da produção dos espermatozóides e combinado com a
vitamina B6, que equilibra a parte hormonal feminina, aumenta a
fertilidade.
Fontes alimentares: ostras,
feijão, carnes e gérmen de trigo.
Selênio
A maior parte do selênio encontrado
no corpo dos homens está no sêmen. Melhora a produção de espermatozóides
saudáveis.
Fontes alimentares: grãos
integrais, castanhas, ovos.
Alimentos integrais
São ricos em fibra e vitamina E,
que melhora a mobilidade dos espermatozóides, além de fortalecer o útero e
deixar a placenta mais saudável. Também possui vitamina B6, que ausente no
organismo pode provocar desequilíbrio hormonal e comprometer a fertilidade,
muito dependente dos hormônios femininos.
Fontes alimentares: grãos
integrais, gérmen de trigo, aveia.
Gordura Poliinsaturada
Possui ação anti-inflamatória e
ajudam a proteger o aparelho reprodutor feminino. Favorece a ovulação regular.
Fontes alimentares: ômega-3
presente nos peixes, chia e linhaça, ômega-6, presente no óleo de canola, óleo
de soja
Chá-verde
Aumenta a fertilidade tanto do
homem quanto da mulher, porque ajuda a combater o estresse oxidativo devido à
presença de bioflavonóides, importantes para a manutenção de óvulos e
espermatozóides saudáveis.
Carne, sem exageros
O excesso na
ingestão de carne bovina e de aves pode aumentar o risco de infertilidade,
devido à presença da gordura. No entanto, não deve ser retirada totalmente do
cardápio por conter vitaminas do complexo B, que são importantes para manter os
hormônios em equilíbrio. Uma saída para variar o prato é optar pelos peixes e
por proteínas de origem vegetal, como feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico e
leguminosas em geral, que favorecem a ovulação.
Se alguns
nutrientes são indispensáveis, outros precisam ser eliminados ou ingeridos com
moderação. Reduza o consumo de carboidratos de ato índice glicêmico (pães,
massas refinados, batata). Evite o consumo de bebidas como o café, mate e
derivados da cola em geral. A cafeína e a teína, presentes nessas bebidas,
podem ser prejudiciais para a mobilidade dos espermatozóides. Reduza o consumo
de produtos industrializados, pois contêm conservantes e aditivos, não devem
ser ingeridos em excesso. Alimentos contaminados com agrotóxicos também
contribuem para a infertilidade. Principalmente nos homens, provocando uma
queda na contagem de espermatozóides. Fique longe do cigarro e, pratique
exercícios físicos regularmente e reduza o estresse.
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