quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Você sabe o que é Diabetes? Descubra tudo sobre essa doença que vem assolando a população.

O que é Diabetes? 

O Diabetes é uma sindrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. A insulina é produzida pelo pâncreas e é responsável pela manutenção do metabolismo da glicose. A falta desse hormônio provoca déficit na metabolização da glicose e, consequentemente, diabetes. Caracteriza-se por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente.

Tipos 

Tipo 1: causado pela destruição das células produtoras de insulina, em decorrência de defeito do sistema imunológico em que os anticorpos atacam as células que produzem a esse hormônio. Ocorre em cerca de 5 a 10% dos pacientes com diabetes.
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Tipo 2: resulta da resistência à insulina e de deficiência na secreção de insulina. Ocorre em cerca de 90% dos pacientes com diabetes. 
Diabetes Gestacional: é a diminuição da tolerância à glicose, diagnosticada pela primeira vez na  gestação, podendo - ou não - persistir após o parto. Sua causa exata ainda não é conhecida.
Outros tipos: são decorrentes de defeitos genéticos associados a outras doenças ou ao uso de medicamentos. Podem ser: defeitos genéticos da função da célula beta; defeitos genéticos na ação da insulina; doenças do pâncreas exócrino (pancreatite, neoplasia, hemocromatose, fibrose cística etc.); defeitos induzidos por drogas ou produtos químicos (diuréticos, corticoides, betabloqueadores, contraceptivos etc.).

 Sintomas de Diabetes

Principais sintomas do diabetes tipo 1:

  • vontade de urinar diversas vezes
  • fome freqüente
  • sede constante
  • perda de peso
  • fraqueza
  • fadiga
  • nervosismo
  • mudanças de humor
  • náusea e vômito.

Principais sintomas do diabetes tipo 2:

  • infecções freqüentes
  • alteração visual (visão embaçada)
  • dificuldade na cicatrização de feridas
  • formigamento nos pés e furúnculos. 

Tratamento de Diabetes

O tratamento correto do diabetes significa manter uma vida saudável evitando diversas complicações que surgem em consequência do mau controle da glicemia. 

Complicações possíveis

O prolongamento da hiperglicemia (altas taxas de açúcar no sangue) pode causar sérios danos à saúde:
  • Retinopatia diabética: lesões que aparecem na retina do olho, podendo causar pequenos sangramentos e, como consequência, a perda da acuidade visual
  • Nefropatia diabética: alterações nos vasos sanguíneos dos rins que fazem com que ocorra uma perda de proteína pela urina. O órgão pode reduzir a sua função lentamente, mas de forma progressiva até a sua paralisação total
  • Neuropatia diabética: os nervos ficam incapazes de emitir e receber as mensagens do cérebro, provocando sintomas, como formigamento, dormência ou queimação das pernas, pés e mãos
  • dores locais e desequilíbrio
  • enfraquecimento muscular
  • traumatismo dos pêlos
  • pressão baixa
  • distúrbios digestivos
  • excesso de transpiração e impotência
  • Pé diabético: ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés desenvolve uma úlcera (ferida). Seu aparecimento pode ocorrer quando a circulação sanguínea é deficiente e os níveis de glicemia são mal controlados. Qualquer ferimento nos pés deve ser tratado rapidamente para evitar complicações que podem levar à amputação do membro afetado
  • Infarto do miocárdio e acidente vascular: ocorrem quando os grandes vasos sanguíneos são afetados, levando à obstrução (arteriosclerose) de órgãos vitais como o coração e o cérebro. O bom controle da glicose, a atividade física e os medicamentos que possam combater a pressão alta, o aumento do colesterol e a suspensão do tabagismo são medidas imprescindíveis de segurança. A incidência desse problema é de duas a quatro vezes maior em pessoas com diabetes
  • Infecções: o excesso de glicose pode causar danos ao sistema imunológico, aumentando o risco da pessoa com diabetes contrair algum tipo de infecção. Isso ocorre porque os glóbulos brancos (responsáveis pelo combate a vírus, bactérias etc.) ficam menos eficazes com a hiperglicemia. O alto índice de açúcar no sangue é propício para que fungos e bactérias se proliferem em áreas como boca e gengiva, pulmões, pele, pés, genitais e local de incisão cirúrgica.Arteriosclerose: endurecimento e espessamento da parede das artérias Arteriosclerose: endurecimento e espessamento da parede das artérias

    Convivendo/ Prognóstico 

    Pacientes com diabetes devem ser orientados a:
  • Realizar exame diário dos pés para evitar o aparecimento de lesões
  • Manter uma Alimentação adequada
  • Utilizar os medicamentos prescritos
  • Praticar atividades físicas
  • Manter um bom controle da glicemia, seguindo corretamente as orientações médicas.

Prevenção 

Pacientes com história familiar de diabetes devem ser orientados a:
  • Manter o peso normal
  • Realizar acompanhamento com nutricionistas ou médicos
  • Não fumar
  • Controlar a pressão arterial
  • Evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas
  • Praticar atividade física regular.

Referência: 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Consenso Brasileiro Sobre Diabetes 2002: Diagnóstico e classificação do diabetes melito e tratamento do diabetes melito do tipo 2. Rio de Janeiro: Diagraphic, 72p., maio 2003. Disponível em:< http://www2.unoeste.br/~aulasmedicina/arquivos/09e10-
termo%202007/clinica_medica/Consenso_Diabetes_SBD_2002.pdf>

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. 2007. Disponível em: <www.diabetes.org.br/educacao/docs/Diretrizes_SBD_2007.pdf>

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Saiba como a alimentação é importante no treinamento de força!


Nos últimos anos, a prática do treinamento de força para ganho de massa muscular tem crescido bastante nas academias. Considerado o mais efetivo para hipertrofia e definição muscular, esse tipo de treinamento está em maior evidência em decorrência de uma nova cultura estética, na qual um corpo musculoso é sinônimo de saúde, e principalmente beleza.

Além de um treinamento adequado proposto pelo educador físico e da dedicação necessária do aluno na correta execução dos exercícios, uma alimentação que favoreça a recuperação e o crescimento muscular é essencial. O desempenho do músculo durante o treino e na recuperação pós-exercício depende da disponibilidade de determinados nutrientes. Observando que a reserva de glicogênio muscular é a principal fonte de energia para o treinamento de contra-resistência, quanto menor a sua reserva, maior será a utilização de aminoácidos (proteína) como fonte de energia.

Sendo assim, apesar de as proteínas (carnes, ovos, laticínios, soja, etc.) terem papel fundamental na formação de novas proteínas musculares, se a oferta desse nutriente não for acompanhada de calorias não-protéicas, principalmente carboidratos, o corpo utilizará os aminoácidos que "formariam o músculo" para a produção de energia.

Sabendo que a grande maioria dos atletas e praticantes de atividade física sem orientação nutricional ingere elevadas quantidades de proteínas, a dificuldade maior no ganho de massa muscular é sim atingir as recomendações totais de carboidratos na dieta. Os carboidratos devem representar cerca de 60% das calorias diárias, quantidade que deve ser distribuída durante todo o dia, em especial nos períodos anterior e posterior ao treino. 
 
Para maiores informações e uma orientação personalizada, uma consulta com um nutricionista contribui para a obtenção de um melhor aproveitamento do treinamento de força. Por isso não perca tempo agende já a sua consulta pelo fone : (48) 9909-1750 ou pelo email cristianeschmitz.nutri@gmail.com e tenha resultados eficazes para suas necessidades e melhores desempenhos!

EFEITOS DOS DIFERENTES TIPOS DE PROTEÍNAS NO METABOLISMO


Sabe-se que refeições ricas em proteínas possuem maior efeito termogênico* do que aquelas ricas em carboidratos e lipídios. Até recentemente, não havia informação na literatura sobre os possíveis efeitos de diferentes fontes protéicas no metabolismo. Porém, um estudo publicado no The American Journal of Clinical Nutrition em janeiro deste ano apontou que podem haver diferenças após a ingestão de 3 tipos de proteínas sobre o metabolismo energético, saciedade e glicemia.

Foram utilizados na pesquisa as seguintes refeições:

Uma quarta refeição composta de 95,5% do VET em carboidratos e outra contendo 19% de proteína, 9% de carboidrato e 22% de lipídios foram utilizadas para investigar como essas três proteínas influenciam no índice glicêmico e insulinemia (níveis de insulina no sangue).

Os resultados apontaram que a refeição rica em whey aumentou em 14,4% o gasto energético em repouso após 5:30h da ingestão. A refeição caseína aumentou em 12%, a de soja em 11,6%, e a refeição rica em carboidrato 6,6%.

Da mesma forma, a taxa de oxidação de gordura também foi maior após a refeição whey (16,2 g) do que após a refeição soja (13,7 g) e após a refeição rica em carboidratos (10,9 g).

Outro benefício encontrado a favor da refeição Whey foi em relação à glicemia dos indivíduos após o consumo. Ela aumentou em 32% os níveis de glicose sanguíneas, enquanto que a refeição rica em carboidrato aumentou em 154%, a caseína em 143%, e de soja em 151%. Entretanto, as análises de sensações subjetivas do apetite indicaram que a refeição caseína e soja saciaram mais do que a refeição whey.

A partir deste estudo, podemos acreditar que possivelmente proteínas específicas podem ser incorporadas à dieta para modular o metabolismo energético, contribuindo para a perda de peso e gordura corporal e para o controle da glicemia em pessoas com resistência insulínica.

  • Refeição whey: 50% do valor energético total (VET) em proteína do soro de leite (whey protein), 40% de carboidrato e 10% de gorduras (também chamadas de lipídios);
  • Refeição caseína: 50% do VET em caseína, 40% de carboidrato e 10% de lipídios;
  • Refeição soja: 50% do VET em proteína de soja, 40% de carboidrato e 10% de lipídios;

OBS.:

Efeito termogênico do alimento é a energia que o organismo gasta para digerir e absorver o alimento. A termogênese pode variar de acordo com a composição da dieta. A proteína é o nutriente que possui maior efeito termogênico, seguido do carboidrato e, por último, a gordura. 
 
Acheson KJ, Blondel-Lubrano A, Oguey-Araymon S, Beaumont M, Emady-Azar S, Ammon-Zufferey C, et al. Protein choices targeting thermogenesis and metabolism. Am J Clin Nutr. 2011 Jan 12.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Dúvidas no que comer antes de praticar atividades físicas?

Muitos estudos mostram a importância da prática de atividade, bem orientada, para melhora da qualidade de vida, manutenção e/ou recuperação da saúde, estética etc. O que grande parte das pessoas desconhecem ou até mesmo ignoram, é como deve ser a alimentação adequada antes da sessão de exercícios ou competição.
Falhas nos esquemas alimentares e na reposição hídrica podem prejudicar o desempenho desportivo e colocar em risco a saúde do indivíduo. É importante destacar que atletas (foco competitivo) e praticantes de exercício (foco na saúde) têm objetivos diferenciados, portanto suas necessidades e estratégias nutricionais também são diferentes.
Uma boa alimentação antes do exercício objetiva:

  • Prevenir a hipoglicemia ou sintomas associados a ela;
  • Evitar sensação de fome antes ou durante o evento esportivo;
  • Disponibilizar energia para a contração muscular durante a atividade física;
  • Fornecer líquidos para iniciar o exercício hidratado.


Para o estabelecimento do volume, composição e o tempo da alimentação antes do treino ou competição, devemos saber:

  • quanto tempo e qual o local disponível você terá para se alimentar?
  • qual foi sua última refeição?
  • qual será o horário que você irá treinar/competir?
  • qual será o tempo de duração da atividade?

Essas perguntas devem ser respondidas em conjunto com o nutricionista para traçar a estratégia alimentar adequada para seu treinamento.

De forma geral, sugiro algumas orientações no pré-treino ou competição:

  • Manter na dieta os alimentos de gosto habitual: não experimente alimentos ou bebidas novas, pois não sabemos como o nosso organismo irá reagir. Desta forma evitaremos desconfortos gástricos e intestinais, náuseas, vômitos etc.;
  •  Evitar preparações gordurosas: as gorduras têm maior tempo de digestão e deixam a sensação de estômago cheio, podendo causar desconfortos;
  • Preferir uma dieta leve e rica em carboidratos: os carboidratos são muito importantes na prática esportiva, pois é o macronutriente que fornece mais energia para os músculos (sob a forma de glicogênio). Os carboidratos estão presentes em alimentos como: pães, massas, batata, biscoitos etc.;
  • Evitar alimentos fonte de fibras: alimentos integrais, frutas com casca e barrinhas de cereais, por exemplo. Evitando desconforto gástrico;
  • Preferir alimentação que provoque esvaziamento gástrico mais rápido;
  • Hidratar-se: a ingestão de líquidos na atividade física é essencial para preservar todas as funções fisiológicas. A hidratação adequada é tão importante quanto uma alimentação balanceada. O indivíduo deve iniciar o treino já hidratado, pelo menos duas horas antes do exercício, ingira de 300 a 600mL de água.

Observe que as medidas citadas acima são fáceis de serem seguidas e podem garantir uma sessão de exercícios ou competição seguros do ponto de vista nutricional.
Logicamente que a alimentação balanceada não deve ser feita exclusivamente no dia que iremos praticar os exercícios, caso contrário, de nada adiantará uma nutrição eficiente na pré-atividade. Não devemos esquecer também, que existem algumas estratégias durante e após o treino ou competição, fundamentais à recuperação das reservas energéticas e musculares.

Nunca inicie qualquer atividade física em jejum, o organismo precisa estar preparado para a exigência extra que temos durante a prática de esportes, além de ser uma medida prejudicial ao desempenho, é extremamente perigoso para sua saúde!

O que é o Nutricionista?

         O nutricionista é um profissional da saúde com formação generalista, humanista e crítica. Está capacitado para atuar visando à segurança alimentar e à atenção dietética, em todas as áreas do conhecimento em que a alimentação e nutrição se apresentem fundamentais para a promoção, manutenção e recuperação da saúde e para a prevenção de doenças de indivíduos ou grupos populacionais. Sua atuação contribui para a melhoria da qualidade de vida e deve ser pautada em princípios éticos, com reflexões sobre a realidade econômica, política, social e cultural do país.